quarta-feira, 9 de abril de 2014

Missão de Reconhecimento






E ou
E ou

Um relance 
entre anúncios de um novo recheio de cadeiras 
empilhadas sobre mesas com tampos de mármore

Talvez devêssemos descer até o playground
O botão que se aperta é o P
Para lá e sob as palmeiras-anãs
Um bairro ordeiro como se pode bem ver 
Tudo quanto me poderia comover já foi 
Retirado --, algo abjeto
Em sua complacência
Um bairro tranquilo --, apesar dos cabelos úmidos
Os meninos a caminho do colégio pompeiam qualquer coisa de militar
Não tendo conseguido situação satisfatória em qualquer outra parte

Com arbitrariedade, zelo?
Eu não saberia dizer 

Voltei faz só uns poucos meses
não me surpreende que as janelas, em sua grande maioria, encontrem-se ainda fechadas

A fila extrapola os contornos
Os beiços da padaria nova
Segue por “mundos contíguos”, tão ou mais embaciados quanto




Pouco e pouco é que se volta 
destes sons, destas posturas tipificadas num despertar.

Enfim nos fixamos
Num pequeno ângulo da cidade, imóvel, praticamente nulo em seu alcance,
Sugestivo talvez de alguma interdição maior.

Já não há o que surpreender
Neste quadro e a salvo dele
Apenas a calma, a farta que todas estas linhas vão descrevendo 

sobre mim, texturas, o gasto de alguns planos e superfícies --

A instintiva certeza de que aqui: não,
Aqui não se constrói,
De que por toda a duração deste retrato batido
Terça-feira passada, pela manhã, nada – absolutamente 

Nada se construirá.

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