Precipitação de agulhas no cômodo ao lado.
A custo reúnem-se
o
céu,
os
bibelôs da cidade do Cairo,
uma
gabardina estendida para secar, o
cheiro a
urina na manta
sobre
o parapeito da janela – viver
–,
circunvalado
pela doença.
Cair,
eventualmente,
com a
tosse marretando, engulho, grossas
passadas
rumo ao banheiro às três da manhã.
Uma
partilha difícil, em
todo caso, indecente.
A
morte
em tudo, um peso sanatorial –, arca, baú, banco de igreja –,
em tudo, um peso sanatorial –, arca, baú, banco de igreja –,
arca,
baú, banco de igreja.
Tudo
participa do meu tamanho.
As
consistências,
porém,
oscilam.
A
tubulação caduca.
Todos
sabem que a
fiação não aguenta até
o ano que vêm.
Todos sabem, tudo
virá abaixo, não será por falta de aviso,
virá abaixo, não será por falta de aviso,
será
a coisa mais distante de um poema de que já se teve notícia.
Contra
o verde
nauseante
da
pia, amanhece
a branca noite dos pulmões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário