que tipo de megera
me tornei o tipo que
roufenho a certo
amigo escavado ao
acaso a um café: e tu também
te cansarás um dia
de responder a e-mails
em redondilha menor deus
de que misericordioso
rasgo! meus olhos
em tudo excedidos enfim
cifram-se neste cigarro
queimando entre
os cigarros os amigos
a quem tento me
explicar há anos
serão sempre antes
depois o canteiro
perquirido segue breu
de qualquer palavra
sua que me pudesse
consolar desta bateria
de romances em que o
sono me atirou só
dou por um gesto
de resto um bocado
largado já mal se divisa
através da manhã
poucas as coisas
que hoje me ocorrem
em verso -- entanto
há anos busco
adiantar-me ao gesto
surpreendê-lo
uma esquina adiante
dizer raio relâmpago
conflagração
- o mundo, o mundo -
tempestades vícios
vejam – tudo é trabalho
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